UA-78357878-1 A Line leu: [Resenha] - O Livro do cemitério (ou: Os fantasmas se divertem)

13 de fevereiro de 2016

[Resenha] - O Livro do cemitério (ou: Os fantasmas se divertem)







Título: O Livro do Cemitério (Original: The Graveyard Book)
Autor: Neil Gaiman; ilustrações de Dave McKean
Editora: Rocco Jovens Leitores


 Resenha curtinha lá no Instagram :)







Comentei com uma amiga que queria ler os livros do Neil Gaiman, porque já era fã dele nos roteiros de Sandman e queria conhecer mais. Eis que ela me empresta "O Livro do Cemitério" e a sinopse já me prende: um bebê fugindo de um assassino que matou sua família entra em um cemitério e é acolhido e criado pelos habitantes (mortos) do lugar. E aí?

E aí que, com um autor comum, essa premissa podia levar para dois lados: 1) uma história carregada de suspense ou 2) uma comédia com os fantasmas vivendo grandes aventuras na sessão da tarde. Mas nas mãos de Gaiman a história cresce: os fantasmas são mais que fantasmas, o assassino é mais que um assassino, a criança é mais que uma criança. Em uma história para adolescentes, é bem legal a densidade e a humanidade que os personagens todos tem.

Acompanhando o crescimento de Ninguém (o nome do bebê) Owens (o sobrenome do casal fantasma que o adota), o que vemos é uma criança curiosa e disposta a saber mais sobre o mundo e como ele funciona. Comum em tudo, menos no fato de que o mundo que ele vive é o fantástico e o que ele fantasia é o que existe fora dos muros do cemitério.

Mistura de Rapunzel e Peter Pan, Ninguém - ou Nin - é um rapazinho que quer ver o mundo mas está muito bem, obrigado, do jeito que está. Com um mentor vampiro, pais fantasmas e uma "crush" que pensa nele como amigo imaginário, o menino está sendo caçado por uma seita de assassinos saída de um livro do Dan Brown. Nin entende um total de zero coisas da situação, e o leitor também. Mesmo depois das explicações, isso tudo é secundário. O foco fica inteiro no desenvolvimento emocional e intelectual de Nin, cercado dos personagens incríveis que foram enterrados ali.

A estrutura da história é uma sequência de crônicas do cotidiano do menino, embora não exista uma divisão clara disso. As várias pequenas histórias da vida de Nin entre os mortos se cruzam e tornam a história mais cheia de vida (desculpe o trocadilho). O resultado é um livro leve, com uma leitura dinâmica e muita personalidade. Ótimo companheiro para ler entre livros mais pesados e densos. :)

Destaque para as ilustrações LINDAS do Dave McKean que dão um belo descanso para a imaginação ilustrando trechos importantes da história.

Tem algum livro do Neil Gaiman para me indicar? Me manda que estou interessada! :D


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